Na cidade de Alterosa, a notória ausência de um secretário de Cultura tem gerado desafios, especialmente quando os gestores municipais especialmente quando os gestores da cidade parecem puxar arma quando o assunto é cultura.. Isso se torna evidente com os gastos excessivos destinados a eventos questionáveis, como o Carnaval, que consumiu uma quantia extraordinária de 631 mil reais para a apresentação de uma banda que, curiosamente, é uma colaboradora frequente do prefeito – uma associação difícil de ser ignorada.
Os recursos financeiros alocados para o Carnaval, aniversário da cidade e a festa do Peão poderiam ser mais bem direcionados, possibilitando uma programação cultural constante ao longo do ano. Nossa equipe elaborou uma seleção de 12 atrações que poderiam se apresentar mensalmente na praça da cidade, seguindo a tradição de viradas culturais em locais que valorizam a riqueza cultural.
No último dia 24 de fevereiro, um grupo de jovens talentosos tomou a praça com apresentações diversas, demonstrando que o potencial artístico local supera as limitações técnicas, como a questionável qualidade de som. Surpreendentemente, a gestão municipal adquiriu dois conjuntos de equipamentos de som de alta qualidade, porém, inexplicavelmente, não se tem conhecimento do seu destino. Atualmente, a prefeitura opta por alugar equipamentos de terceiros para eventos, como a feira sertaneja de domingos, o que deixa muito a desejar em termos de qualidade.
A sugestão seria promover apresentações semanais, com um evento diversificado no último sábado de cada mês, incluindo atrações renomadas como Detonautas, Pastor Cláudio Duarte, stand-up de comediantes, duplas sertanejas raiz e universitária. Os doze shows propostos poderiam ser realizados com 1/3 do valor atualmente repassado ao sindicato, que desembolsa 250 mil reais para ajudar a custear a festa do Peão, proporcionando ao público espetáculos mais condizentes com o montante investido.
Fica a dica de quem entende do ramo e sabe do que está falando. Afinal, para gerir algo, é necessário, no mínimo, possuir conhecimento da área, e não basear-se apenas em apadrinhamento político, que só tem trazido os desafios que Alterosa tem testemunhado.