Numa saga de ousadia sem limites, o prefeito e sua nobre família decidiram que as repartições públicas municipais são simples extensões de suas casas luxuosas. E, pasmem, a população parece mais entorpecida do que surpresa com tal aberração.
O prefeito, que aparentemente desconhece o conceito de separação entre público e privado, utiliza um espaço público completamente abandonado, convenientemente localizado ao lado de sua residência, como garagem particular. Aparentemente, a ideia é transformar qualquer lugar disponível em estacionamento pessoal, sem se importar com o estado de abandono ou o descontentamento geral.
Em um município onde a palavra “ética” parece estranha, não há qualquer lei que regule ou coíba esse tipo de comportamento. O exemplo, ao invés de vir da figura máxima da cidade, é justamente o contrário, com o prefeito liderando a trupe dos que ignoram a decência.
Enquanto a população assiste passivamente, alegando normalidade a tal absurdo, é difícil não questionar: onde diabos estão os vereadores? Sua função, aparentemente esquecida, seria representar os cidadãos e levantar a voz contra essas palhaçadas. Mas, claro, parece que estão ocupados demais assistindo ao espetáculo de transgressões sem fim dos maus políticos que insistem em transformar a cidade em sua própria casa particular.