Ontem, um notório manifesto contra as implacáveis praças de pedágio no Sul de Minas agitou a região, revelando a indignação da população diante dos crescentes custos de deslocamento. Especial atenção foi direcionada ao trecho entre Alterosa e Alfenas, onde a tarifa absurda de R$ 13,17 por trecho, totalizando exorbitantes R$ 26,34 para ida e volta, despertou a fúria dos cidadãos.
Entre os manifestantes, o ex-prefeito Hermes de Souza Silva não poupou palavras para expressar seu descontentamento, especialmente em um grupo de WhatsApp. Com ironia afiada, Hermes destacou que, além da população de Alterosa, os veículos da prefeitura e os trabalhadores que se dirigem diariamente a Alfenas estariam contribuindo generosamente com mais de R$ 20 mil por dia para os cofres do pedágio.
Durante o manifesto, que contou com a presença de prefeitos das cidades vizinhas, Hermes lançou críticas veladas à notável ausência do prefeito atual de Alterosa. Ele ressaltou, de forma irônica, que em vez de estar presente para representar os interesses da população, o prefeito optou por uma abordagem mais distante, focando suas atenções na animada Belo Horizonte.
A falta de participação do prefeito nas manifestações pode ser associada à desconfortável realidade de vários parlamentares da base do governador nomearem seus familiares como assessores parlamentares, mesmo diante de uma ausência marcante na Assembleia Legislativa. Uma forma, no mínimo peculiar, do prefeito se fazer presente em um manifesto contra o governador.
No dia do protesto contra as praças de pedágio, ao invés de adotar uma posição ativa, o prefeito de Alterosa optou por desfrutar de diárias que, segundo críticos, são simplesmente um complemento pomposo para seu salário. Essas críticas se estendem aos vereadores que o apoiam, sendo acusados de priorizar seus próprios interesses em detrimento das necessidades urgentes da população local. Onde estará o prefeito quando a cidade clama por representação?
Ouça o ex-prefeito opinando sobre a ausência dos prefeitos