segunda-feira , 23 dezembro 2024
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OPERAÇÃO DA PF INVESTIGANDO MONITORAMENTO ILEGAL DE CIDADÃOS ALCANÇA DEPUTADO FEDERAL ALEXANDRE RAMAGEM (PL-RJ)

OPERAÇÃO DA PF INVESTIGANDO MONITORAMENTO ILEGAL DE CIDADÃOS ALCANÇA DEPUTADO FEDERAL ALEXANDRE RAMAGEM (PL-RJ)

O deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), ex-diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), foi alvo de mandados de busca e apreensão durante uma operação da Polícia Federal nesta quinta-feira. A ação visa investigar o monitoramento ilegal de cidadãos pela Abin durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, conforme informações de fontes ligadas à ação.

Diferentes endereços de Ramagem, incluindo seu gabinete na Câmara dos Deputados, foram alvos das medidas de busca e apreensão, que foram realizadas em 21 locais, abrangendo Brasília, Juiz de Fora (MG), São João del Rei (MG) e Rio de Janeiro. Sete policiais federais foram alvo da ação e afastados de suas funções, de acordo com a Polícia Federal.Quem é Alexandre Ramagem, ex-chefe da Abin e amigo da família Bolsonaro

Ramagem, um aliado próximo de Bolsonaro, é o escolhido pelo ex-presidente para candidatar-se à prefeitura do Rio de Janeiro nas próximas eleições. Até o momento, o deputado federal não se manifestou publicamente sobre a operação.

A ação, autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, é uma continuação da operação Última Milha, realizada em outubro do ano passado. Na ocasião, a PF investigou o uso ilegal de um software pela Abin para espionar autoridades e cidadãos comuns.

A operação levou ao afastamento de cinco servidores da Abin em outubro, incluindo Paulo Maurício Fortunato Pinto, secretário de planejamento e gestão da Abin. As investigações indicam que o software utilizado, chamado First Mile, é intrusivo na infraestrutura crítica de telefonia brasileira, invadindo repetidamente a rede de telefonia.

A PF afirmou que as provas obtidas indicam a criação de uma estrutura paralela na Abin para ações ilícitas, visando o uso político e midiático, proveitos pessoais e até mesmo interferência em investigações da Polícia Federal. A investigação, considerada sensível pela PF, visa descobrir o alcance do esquema de monitoramento paralelo que teria incluído políticos, jornalistas e até ministros do STF.

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