Na cidade de Alterosa, a gestão política se desviou dos princípios constitucionais da administração pública, transformando-se em um verdadeiro espetáculo tragicômico protagonizado pelo prefeito, um autêntico camaleão tupiniquim. Em seu terceiro mandato, o gestor parece mais interessado em perpetuar seu domínio do que em seguir os pilares da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.
Um exemplo gritante dessa postura despudorada é a saga do talentoso cantor Vinícius Santos, vítima da perseguição política do prefeito. Boicotado durante os dois primeiros mandatos, o jovem artista, também diretor da rádio comunitária local, teve seu trabalho obstaculizado por razões pessoais, já que mantinha um relacionamento com a enteada do ex-prefeito. O rádio, por sua vez, enfrentou anos de desamparo, sem verbas de subvenção aprovadas pela câmara de vereadores, simplesmente por manter Leandro Rocha como diretor comercial, figura não simpática ao prefeito.
A arbitrariedade não se limita ao campo artístico, estendendo-se à APAE, entidade assistencial que padece pela ousadia de ter Lucélio Souza Silva, presidente e opositor político do prefeito. Sem receber recursos da prefeitura por quase um ano e com a retirada de funcionários cedidos, a APAE se tornou vítima da mesquinhez do gestor, que não hesitou nem mesmo em privar os alunos do carinho de um motorista querido.
Surpreendentemente, a mudança súbita de atitude do prefeito ocorreu quando as eleições se avizinha. A contratação do jovem cantor para o carnaval e o repasse das subvenções à rádio, agora sob nova direção, evidenciam uma estratégia eleitoreira. A oposição, por sua vez, parece inerte diante das promessas não cumpridas, abrindo caminho para a perpetuação do autocrata tupiniquim.
Diante desse quadro, surge a necessidade de acrescentar um novo princípio constitucional: o da “NÃO CARA DE PAU” ou da “FALTA DE CARÁTER”, apropriado para definir as práticas do prefeito que, longe de atender aos interesses da população, faz da política um teatro de absurdos onde o protagonista é um camaleão que troca de cor conforme suas conveniências políticas.
Na foto, ao lado esquerdo do prefeito, temos o ex-candidato, a prefeito derrotado nas urnas, que agora faz uma participação especial no circo político da cidade. Uma verdadeira aula de “coleguismo” e “espírito esportivo” político, onde a canalhice parece ser a disciplina principal, transformando a imagem em um retrato hilariante de alianças convenientes e viradas de casaca.