Data: 12 de janeiro de 2024
O estado do Rio de Janeiro enfrenta uma crise alarmante de dengue, com mais de mil casos notificados semanalmente por sete semanas consecutivas, segundo o monitoramento de arboviroses da Secretaria de Estado de Saúde (SES). O problema, no entanto, não está restrito ao Rio, atingindo todo o Brasil, incluindo cidades como Alterosa e região.
Na primeira semana de 2024, foram reportados 1.014 casos, mas a secretária de Estado de Saúde, Claudia Mello, alerta que esse número pode ser subestimado devido ao atraso nas notificações. A disseminação da doença está muito acima do esperado para esta época do ano e continua crescendo rapidamente.
“Estimamos que os casos inseridos no sistema nas últimas semanas representem apenas metade daquilo que está acontecendo na prática”, afirma Mello. A SES tem intensificado as ações de treinamento no manejo da dengue para profissionais de saúde e fornecido suporte aos municípios. O foco é eliminar os focos de mosquitos e coletar amostras de casos suspeitos para envio ao Lacen, laboratório oficial do governo do Estado.
Em 2023, o Rio de Janeiro registrou 51.171 casos e 25 mortes por dengue, quase cinco vezes mais que em 2022. A superintendente de Informação Estratégica em Vigilância e Saúde da SES-RJ, Luciane Velasque, destaca que as regiões mais preocupantes são as Baixadas Litorâneas e a Metropolitana I (Capital e Baixada Fluminense).
Na região Metropolitana I, há uma tendência de crescimento rápido dos casos estimados, considerando o atraso nas notificações, especialmente nos municípios do Rio de Janeiro, Itaguaí e Nova Iguaçu. O município do Rio, sozinho, notificou 23.542 casos de dengue em 2023, e 492 casos já foram registrados em 2024, de acordo com a Secretaria Municipal de Saúde.
A incidência da doença é particularmente preocupante na Área Programática 5.2, englobando bairros nas regiões de Campo Grande e Guaratiba, com quase mil casos de dengue para cada 100 mil habitantes em 2023. A situação demanda uma ação urgente das autoridades em nível nacional para conter a epidemia e proteger a população brasileira.