DIVISÃO DE OPINIÕES: PESQUISA REVELA DESAPROVAÇÃO DE 44% ÀS AÇÕES DE MORO NA LAVA JATO E EMPATE NA CULPA DE LULA EM CONDENAÇÕES ANULADAS

Uma recente pesquisa do instituto Quaest, divulgada neste domingo, 3, destaca a divisão de opiniões entre os brasileiros sobre as ações do senador e ex-juiz Sergio Moro (União-PR) na condução da Operação Lava Jato, bem como sobre a culpabilidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas condenações anuladas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em abril de 2021. A força-tarefa da Polícia Federal (PF) completa uma década em 17 de março.

Ao longo das 80 fases deflagradas por ordem de Moro entre 2014 e 2021, a pesquisa revela que, uma década após o início da operação, 44% desaprovam a postura do ex-juiz, enquanto 40% aprovam. Além disso, 3% não têm uma opinião formada, e 12% não souberam ou não responderam.

A pesquisa, realizada presencialmente com duas mil pessoas entre os dias 25 e 27 de fevereiro em 120 cidades, apresenta uma margem de erro de 2,2 pontos percentuais e índice de confiança de 95%.

Por outro lado, a consideração dos brasileiros sobre a Lava Jato como um todo foi positiva para 49%, que acreditam que ela ajudou a combater a corrupção, enquanto 37% consideram que não teve esse impacto. Em relação à operação da PF, 50% acreditam que fez “mais bem do que mal”, enquanto 28% pensam o contrário. Outros 7% afirmam que não fez nem bem nem mal, e 15% não souberam ou não responderam.

A pesquisa também indaga sobre a culpa e inocência de Lula, mostrando um empate entre os brasileiros, com 43% considerando-o inocente desde sempre e outros 43% acreditando que é culpado e deveria estar preso. 14% não souberam responder.

Quanto à imparcialidade da Lava Jato na investigação dos partidos políticos, 28% acreditam que a força policial se concentrou principalmente no Partido dos Trabalhadores, enquanto 23% pensam que atingiu todas as legendas igualmente.

Sobre o encerramento da Lava Jato, 42% dos brasileiros acreditam que ocorreu em 2021 devido a ações políticas para barrar a operação, enquanto 25% apontam erros e exageros por parte dos investigadores. Outros 8% afirmam que na época o governo brasileiro, então comandado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), não tinha mais corrupção a ser apurada. 3% não escolheram nenhuma das três opções, e 22% não souberam ou não responderam.