segunda-feira , 23 dezembro 2024
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BRASIL DESPENCA 10 POSIÇÕES EM RANKING DE PERCEPÇÃO DE CORRUPÇÃO E ALCANÇA SUA SEGUNDA PIOR COLOCAÇÃO HISTÓRICA

BRASIL DESPENCA 10 POSIÇÕES EM RANKING DE PERCEPÇÃO DE CORRUPÇÃO E ALCANÇA SUA SEGUNDA PIOR COLOCAÇÃO HISTÓRICA

O Brasil registrou sua segunda pior classificação na história do Índice de Percepção da Corrupção (IPC) de 2023, divulgado pela Transparência Internacional, que produz o relatório desde 1995. A nação, que já esteve melhor posicionada, ocupa agora o 104º lugar entre as 180 nações avaliadas pela entidade, marcando uma queda de 10 posições em relação ao ano anterior. Quanto mais elevada a posição no ranking, menor é considerado o nível de corrupção no país. Em 2023, o Brasil obteve 36 pontos, dois a menos que no ano anterior, compartilhando a pontuação com países como Argélia, Sérvia e Ucrânia.

O relatório da Transparência Internacional atribui uma pontuação para cada país, variando de 0, indicando um nível elevado de corrupção, a 100, representando alta integridade. A Somália detém a pior posição no ranking de 2023, com 11 pontos, enquanto a Dinamarca lidera como a nação mais íntegra, alcançando 90 pontos.

 

Destacando pontos positivos e negativos referentes ao combate à corrupção no Brasil em 2023, a Transparência Internacional menciona negativamente o fortalecimento do chamado “Centrão” por meio do esquema do orçamento secreto e loteamento de espaços de poder. A insegurança jurídica, exemplificada por decisões controversas no Supremo Tribunal Federal (STF), também é apontada, incluindo a anulação dos acordos de leniência da Odebrecht pelo ministro Dias Toffoli.

A entidade reconhece como avanço a aprovação da reforma tributária, que possui potencial de impacto estrutural anticorrupção. A investigação da Polícia Federal (PF) contra um suposto aparato paralelo na Agência Brasileira de Inteligência (Abin) também é considerada um avanço.

Wilton Júnior/Estadão - 6/12/22

Em resposta ao relatório, a Controladoria-Geral da União (CGU), órgão responsável pela prevenção e combate à corrupção no governo federal, afirmou que trabalha diariamente para identificar e corrigir riscos de corrupção em políticas públicas. A CGU reconheceu os avanços no controle social, transparência e acesso à informação, mas destacou a necessidade de cautela na interpretação dos resultados, argumentando que a corrupção é um fenômeno complexo e nenhum indicador consegue medir todos os seus aspectos.

O ranking da Transparência Internacional é elaborado com base em até 13 fontes de dados, incluindo avaliações do Banco Mundial e do Fórum Econômico Mundial. Quanto menor a nota, maior é a percepção de corrupção no país.

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