Data: 11 de janeiro de 2024
Recentes advertências feitas por autoridades suecas sobre a necessidade de preparação para uma possível guerra têm causado pânico e controvérsias. O ministro da Defesa Civil, Carl-Oskar Bohlin, e o chefe das Forças Armadas, general Micael Byden, sugeriram que a Suécia poderia estar à beira de um conflito, gerando reações diversas.
Bohlin, durante uma conferência, alertou para a possibilidade de guerra na Suécia, enquanto Byden enfatizou a importância de os cidadãos se prepararem mentalmente para essa eventualidade. Contudo, as observações foram criticadas por políticos da oposição, que as consideraram excessivamente alarmistas.
A ex-primeira-ministra Magdalena Andersson destacou que, embora a situação de segurança seja séria, a guerra não está iminente. O grupo de direitos das crianças Bris também expressou preocupação com o aumento das chamadas de jovens após a disseminação de informações sobre o tema, destacando a necessidade de abordagens apropriadas para diferentes públicos.
Apesar do tom duro das mensagens, as observações das autoridades suecas são interpretadas por alguns como um alerta. Após mais de dois séculos de paz, a Suécia está considerando ingressar na aliança militar da Otan, aguardando aprovação parlamentar na Turquia e na Hungria.
Byden explicou que suas declarações não são novidade e refletem preocupações crescentes na região. Ele ressaltou que o alerta não visa causar pânico, mas sim incentivar a reflexão sobre a situação e as responsabilidades individuais.
Enquanto o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky apela à Suécia para fortalecer a cooperação militar, especialistas argumentam que as advertências suecas podem ser uma tentativa de chamar a atenção para a necessidade de reforçar as capacidades de defesa civil e militar do país.
O primeiro-ministro Ulf Kristersson anunciou planos de aumentar os gastos com defesa militar, alinhando-se com a meta da Otan de destinar 2% do PIB para esse fim até 2024. Contudo, alguns especialistas acreditam que as preocupações expressas pelas autoridades suecas podem ser exageradas, refletindo a frustração com a falta de ações concretas para fortalecer a defesa do país.
O alerta do general Byden segue outras declarações similares feitas por autoridades europeias, ressaltando a importância de estar preparado para possíveis cenários de conflito. Embora a possibilidade de um conflito envolvendo a Suécia seja considerada pouco provável, a atenção para a necessidade de prontidão militar e civil permanece no centro das discussões.