Na manhã de hoje, enquanto o sol mal despontava no horizonte, um dos nossos intrépidos repórteres encontrou-se com um funcionário da prefeitura, à beira da demolição. Não, não era uma cena típica de filme de guerra ou catástrofe natural, mas sim a triste realidade da arquibancada em frente ao Bar do senhor José Abílio sendo destruída a golpes de marreta por dois cidadãos que não souberam a resposta perguntada.
Questionado sobre o motivo dessa barbárie, o servidor público gaguejou e tentou, em vão, justificar o injustificável. Parece que a precisão não é uma das virtudes abundantes na prefeitura de Alterosa, pois a resposta vaga só aumentou a confusão.
Posteriormente, descobrimos que essa não se tratava da construção de uma estação de metrô ou algo parecido. Era uma simples demolição, mas sim parte de uma “reforma” que o prefeito, aparentemente, decidiu empreender ao redor da rodoviária. É difícil entender, assim como para a maioria dos cidadãos, os arredores dessa destruição desnecessária.
O prefeito deve estar nadando em dinheiro público, pois só alguém com o caixa da prefeitura abarrotado seria capaz de iniciar uma “reforma” em algo que ele próprio construiu durante seu segundo mandato. Quebrar o que está em perfeito estado parece ser a especialidade do prefeito. Deve haver uma explicação muito plausível para esse despropósito, mas duvidamos que seja fornecida.
Parece que o hobby favorito do prefeito é desfazer o trabalho de seus antecessores, como o fechamento das transmissões de sinal gratuito da internet, o fim da festa dos motociclistas, o desmantelamento da usina de reciclagem e compostagem de lixo, a quase extinção da feira sertaneja, o descaso com a estação de tratamento de esgoto, a destruição da praça Getúlio Vargas – um patrimônio cultural da cidade – e agora, pelo visto, até o carnaval está na mira de suas inúteis reformas.
Enquanto a cidade de Alterosa sofre com demolições desnecessárias e reformas questionáveis, mais um capítulo de desperdício de recursos públicos se desenrola nas ruas. O prefeito decidiu mandar asfaltar o trecho final da rua Tiradentes, uma ação que levanta ainda mais dúvidas sobre suas prioridades e competência administrativa. Mesmo um dos moradores, atento aos gastos absurdos, teve a sagacidade de questionar a necessidade desse recapeamento ao secretário de obras que acompanhava os serviços. Surpreendentemente, em vez de uma explicação coerente, o secretário defendeu veementemente a suposta importância da obra, deixando ainda mais evidente a falta de critério e transparência nas decisões da gestão municipal.
Um cidadão, conhecido como Tio San, expressou sua indignação em um vídeo recente, e apesar de sua falta de eloquência, suas palavras ecoam a verdade. A população de Alterosa precisa acordar e varrer esse quadro político desolador que há tempos sufoca o desenvolvimento da cidade. Alterosa está estagnada no tempo, e o pouco avanço que alcançou parece estar sendo rapidamente desfeito pelas mãos inábeis do prefeito e seus comparsas na câmara municipal.