O Ministério Público de Minas Gerais iniciou uma investigação para apurar possíveis irregularidades no fornecimento de marmitas aos funcionários da Prefeitura de Poços de Caldas (MG). Servidores relatam o recebimento constante de alimentos estragados, gerando queixas e preocupações.
Alguns funcionários que preferiram não se identificar descreveram o odor desagradável e a má qualidade das refeições. As reclamações, que se estendem por meses, foram levadas ao Sindicato dos Servidores Públicos Municipais, que acionou o Ministério Público. O contrato entre a prefeitura e a empresa responsável pela alimentação, estimado em mais de R$ 3,7 milhões, está sob escrutínio.
A diretora de finanças do sindicato, Taciana Oliveira, destacou a abrangência das denúncias, afirmando que vários setores enfrentam problemas com as marmitas, especialmente aqueles que operam à noite, como a UPA e os hospitais públicos municipais.
Diante das inúmeras queixas, a nova direção do sindicato visitou a UPA. Procurada pela reportagem da EPTV, afiliada da Rede Globo, a prefeitura não forneceu comentários sobre as denúncias. Entretanto, por meio de nota oficial, informou que se reuniu recentemente com representantes da empresa contratada e definiu uma série de medidas corretivas.
Entre as mudanças planejadas estão a separação da salada e do feijão, a substituição da embalagem de alumínio por embalagens de isopor, a troca imediata da refeição em caso de problemas, ajustes nos horários de entrega e a substituição das caixas de isopor por caixas térmicas.
A Prefeitura de Poços de Caldas ressaltou ainda que a Vigilância Sanitária realizou uma inspeção na empresa responsável pelas marmitas. A nota destaca o compromisso em implementar as alterações necessárias para garantir a qualidade e segurança alimentar dos servidores municipais.