BUENOS AIRES, ARGENTINA (FOLHAPRESS) – A Argentina informou que abriga desde segunda-feira (25) líderes da oposição da Venezuela na residência oficial de sua embaixada em Caracas, que está sem luz, acirrando a tensão entre o governo de Javier Milei e o regime de Nicolás Maduro.
O país vive uma escalada de estresse desde aquele dia, quando o prazo para inscrição de candidaturas presidenciais se encerrou sem que a principal postulante da oposição, a professora universitária Corina Yoris, 80, fosse habilitada a se registrar, gerando pela primeira vez críticas do governo Lula.
Também naquela segunda, Maduro, ao oficializar a candidatura que pode levá-lo a ficar 18 anos no poder, subiu num palco montado em frente ao CNE (Conselho Nacional Eleitoral) e afirmou que dois homens armados do partido opositor Vente Venezuela foram presos numa tentativa de assassiná-lo no comício.
Ele chama a força política de “terrorista” e a acusa de “ações desestabilizadoras”, enquanto a legenda diz que são “acusações infundadas”. O Ministério Público controlado pelo regime prendeu sete membros da legenda nos últimos dias, e expediu mandados de prisão contra outros sete. Por isso, parte deles recorreu à embaixada argentina.